O Governo vai baixar, a 1 de Novembro, o preço da gasolina sujeita ao regime de preços máximos, a sem chumbo de 95 octanas (io 95), em dois cêntimos por litro, para os 95 cêntimos. O gasóleo, tanto rodoviário como agrícola, mantém os preços no próximo mês.
Mesmo com esta redução dos preços, Portugal continua a ser, entre os países com economias comparáveis (os do fundo de coesão), aquele que mais sobrecarrega de impostos os combustíveis.
CARGA FISCAL
No nosso país, o diferencial entre o preço da gasolina io 95 sem taxas e o custo para o consumidor final era, em Setembro (cujos preços se mantiveram em Outubro, de 66 cêntimos, enquanto nos outros estados é de 46 cêntimos na Grécia e 54 cêntimos na Espanha e Irlanda.
O peso dos impostos sobre o custo final deste combustível é, assim, de 68,04 por cento em Portugal, 64,29 por cento em Espanha, 63,53 por cento na Irlanda e 58,97 por cento na Grécia. No entanto, os restantes três países que recebem fundo de coesão não são os únicos a possuir menor carga fiscal sobre a gasolina. No Luxemburgo, país com maior produtividade da União Europeia, um litro deste combustível custa 81 cêntimos e os impostos representam apenas 51 cêntimos. Também os austríacos pagam a gasolina io 95 mais barata que os portugueses, com um preço final de 89 cêntimos e taxas no valor de 58 cêntimos.
O país da União Europeia com a gasolina mais cara é a Holanda, onde o preço para o consumidor ascende a 1,19 euros, dos quais 89 cêntimos vão para impostos.