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«A mulher ainda não tem os papéis que devia ter nas lideranças»
10 October 2025
PaulaFrancoExecutiva
Bastonária na abertura do segundo dia da 14.ª Grande Conferência Liderança Feminina


«Estabilidade», «envolvimento», «inteligência emocional», «empatia» e «capacidade colaborativa».  Estas são, na visão de Paula Franco, as características específicas que distinguem as «lideranças no feminino», emergindo o «papel de cuidadora», extensível do lado pessoal e familiar para a vertente profissional.  

A bastonária falava na sessão de abertura do segundo dia da 14.ª Grande Conferência Liderança Feminina que decorre a 9 e 10 de outubro no auditório António Domingues de Azevedo, em Lisboa. 

Destacando o carácter «motivador e inspirador» deste evento, impulsionado pelas responsáveis da Executiva, Isabel Canha e Maria Serina, a bastonária referiu ainda que, no seu caso particular, «tem procurado puxar as mulheres para lugares de liderança na Ordem e também para o associativismo», contudo, admitiu que «nem sempre é fácil conciliar, de forma harmoniosa, a vida pessoal e profissional.» 

Apesar do difícil e exigente contexto, apelou a que, no mundo do trabalho, «nunca deixem o papel da mulher para trás», abrindo espaço para novas oportunidades. Sublinhando a ideia de que «a mulher ainda não tem os papéis que devia ter nas lideranças», referiu que na Ordem que lidera «somos 60% das profissionais nesta área, mas em cargos de liderança somos muito menos. Temos de incentivar cada vez mais a presença feminina, porque temos um papel importante na liderança — para que a ética e a confiança se estabeleçam cada vez mais.”

Segundo as palavras de Maria Serina, cofundadora da Executiva, dados recentes apontam que, na última década, «piorou» a presença feminina em cargos de gestão e liderança nas empresas portuguesas. É, por isso, que «conferências desta natureza fazem cada vez mais sentido. Até porque o lugar das mulheres é onde elas quiserem!».

Fotografia: Executiva/Direitos Reservados

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