Já tomou posse a Comissão Eventual de Análise da Estrutura do Exame de Acesso à Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC).

A cerimónia decorreu, na manhã de 11 de maio no salão nobre sede da Ordem em Lisboa. 

Domingues de Azevedo começou por destacar o objetivo desta comissão, «proceder a uma análise pormenorizada sobre a atual estrutura do exame de acesso à Ordem». Em causa está a execução e adequação das matérias ministradas e necessárias para o desempenho da função do contabilista nas empresas, no fundo, «a ligação entre o que se aprende nas escolas e o que se pratica na vida profissional» sublinhou o bastonário.

O trabalho deste órgão vai durar sete meses, até dezembro do corrente ano, sendo no final apresentadas as conclusões. 

Do documento deverão constar soluções, contributos para melhorar a prova de acesso à profissão. As ideias serão depois convertidas numa proposta que será apresentada ao Conselho Diretivo da Ordem.

A Comissão Eventual de Análise da Estrutura do Exame de Acesso à OCC é composta por sete elementos, de diferentes áreas, mas todas ligadas ao processo de acesso do contabilista ao mercado de trabalho. Este grupo de trabalho poderá também solicitar reuniões com as estruturas do Ensino Superior em Portugal, Universitário e particular, estabelecer contactos com empresas e empresários de forma a melhor concretizar a sua missão

José Soares Roriz, antigo diretor de finanças de Braga preside a esta comissão da qual fazem parte João Carvalho, representante dos Politécnicos, Joaquim Antunes representante dos profissionais, Vérter Gomes, vice presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP, José Soares Barroso da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Rafaela Monteiro da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP) e Cármen Leal do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

A criação desta comissão é uma iniciativa da Ordem dos Contabilistas Certificados que ficou muito preocupada com os resultados do mais recente exame de acesso à profissão. Dos 893 alunos que fizeram a prova apenas 80  passaram, pouco mais de 8%. O bastonário já se reuniu com os representantes das escolas que ministram cursos de contabilidade e nomeou agora este grupo de trabalho. A tarefa não é fácil, mas é necessária para que os contabilistas possam exercer a sua profissão com a máxima qualidade e rigor.

«A Ordem não quer numerus clausus no acesso à profissão, quer é qualidade e rigor nos profissionais» concluiu Domingues de Azevedo, no final da cerimónia.